quinta-feira, maio 09, 2002

Morre lentamente...


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova
e não fala com quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o escuro ao invés do claro e os pingos nos ís
a um redemoinho de emoções,
exatamente a que resgata o brilho nos olhos,
o sorriso nos lábios e coração ao tropeços.


Morre lentamente quem não vira a mesa
quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente quem não se permite,
pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, não lê,
quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte,
ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
nunca pergunta sobre um assunto que desconhece
e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em suaves porções,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples ar que respiramos.

Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade!

quarta-feira, maio 08, 2002

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que só vivia a brilhar.
O vaga-lume fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas!?...
- Não costumo abrir este precedente para ninguém, mas já que
vou te comer mesmo, pode perguntar ...
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Te fiz alguma coisa?
- Não.
- Então por que você quer me comer!?...
- Porque não suporto ver você brilhar ...



PENSE E SELECIONE AS PESSOAS EM QUEM CONFIAR!

terça-feira, maio 07, 2002

Estava visitando o Silenciosa e encontrei o Teste do Perfume. Sou Chanel n. 5.




Que perfume você é?



E, no Tempus Vernum encontrei este texto, que adorei:


Amor e Perseguição

Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus.
Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.
Há quem acredite que amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu". Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.
O amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa.

domingo, maio 05, 2002

A Folha de São Paulo traz reportagem no caderno Cotidiano cuja chamada é Justiça favorece bígamo na divisão de bens.
Eu pergunto: Onde vai parar a instituição da família?
Ao invés de proibir a duplicidade de relacionamentos fixos, a lei passa a mão na cabeça do bígamo como se dissesse: "Tudo bem, não precisa nem pagar".
Diz a reportagem: "Manter relacionamento com duas ou mais mulheres livra o homem do pagamento de pensão alimentícia e da divisão de seus bens, segundo entendimento quase unânime dos tribunais".
Eu creio que quando a legislação veio proteger a união estável, elevando-a a categoria familiar, reconhecendo direitos e obrigações aos companheiros, não queria e nem poderia querer favorecer aos bígamos.
Estou de pleno acordo com a Justiça do Rio Grande do Sul, criticada por vários Estados, decidindo pela divisão dos bens que o homem possuia entre suas duas "famílias", uma em cada cidade com a mulher que ele tinha na respectiva cidade. Mas, bem lembrou a reportagem, neste caso o homem perdeu metade de seus bens.
Salvo melhor juízo, mais justo seria se a esposa recebesse 50% dos bens, e da parte do cônjuge varão (50%) fosse-lhe retirado metade para a outra mulher, e assim sucessivamente.
Em um Estado onde a entidade familiar tem base monogâmica certas coisas não devem ser permitidas ou toleradas.
Creio na liberdade de expressão e relacionamentos, mas com responsabilidade.
Se o homem ou mulher não mais pretende manter e respeitar sua família que se separe, e então estabeleça outra, se lhe aprouver.
Ou mesmo firme um "Contrato de namoro" e namore a quantas puder pelo resto de suas vidas, não tenha filhos e não constitua família..
"A última moda entre adultos que têm relacionamento fixo é a exigência da assinatura de um 'contrato de namoro' para tentar evitar a caracterização da relação como união estável".
E a família? Como fica a família?
Que me perdoem os liberais, mas para mim,
família é fundamental.
Outro dia você conheceu alguém que te chamou a atenção. Mais que isso, que te marcou, que ficou registrado no seu coração. O nome? ... O que é um nome considerando tudo o que ele significou.
Ontem você foi escolher seu carro. Ééééé... vai trocar de carro. Que modelo? ...Ah! O modelo?!?!

O que importa mesmo é como as coisas entram em nossas vidas.
Lembra daquela pessoa? Pois é, o José - não, este nome é muito comum para exemplificar. Vamos falar do Aristóteles (nome incomum, torna a causa mais verídica).
Pois é, o Aristóteles. Que pessoa maravilhosa, simpática, carismática mesmo, única.
Única, até então.
Quantos Aristóteles você conhecia antes dele????
Nenhum, não é? Máximo: um.
Mas quando você se interessa pelo Aristóteles sua vida passa a ser cercada de Aristóteles.
Você tem um vizinho chamado Aristóteles. (risos)
O padeiro... chamam o padeiro de Aristóteles.
Aquela revista que você lê mensalmente traz um artigo qualquer, e lá está o nome "Aristóteles".
Sim! Há um escritor com nome de Aristóteles, há um designer com nome de Aristóteles...
Há um Aristóteles em cada lugar. Incrível, você nunca viu, nunca percebeu isso.
Pior! Sim há algo pior. E bem pior!
Quando o "Aristóteles" te ignora e não quer nem conversar com você.
Ai, meu amigo, é chuva de Aristóteles.

"É brinquedo não."

Só a título de argumentação, o mesmo acontece com o carro. Você vai comprar um carro, escolhe um Vectra, embora não tenha grande conhecimento das potencialidades deste veículo pois até hoje viu poucos Vectras na praça.
Faz sua opção: um Vectra - branco - lindo!!!!
Coloca seu carro na garagem, olha para ele, admira ... está verdadeiramente feliz com seu Vectra branco.
Dia seguinte - muitos Vectras na rua.
Outro dia seguinte: um Vectra branco na rua?!?
Outro dia a seguir: outro e outro e outro Vectra - brancos.
Você é apenas mais um cara com um Vectra branco rodando nesta cidade.

Enfim... Quando alguém tem que participar e preencher a sua vida, não importa quantas pessoas tenham passado por você o fato é que você jamais notou até o momento em que sua vida muda por causa desta pessoa.
E então, o Universo se encarrega de lhe dizer isso todos os dias, para que você não o ignore mais.
Para que você sinta. E não adianta resistir. Você será vencido.

E viva ao Aristóteles!