quinta-feira, fevereiro 13, 2003

1º de janeiro de 2003 – sensação de que meu mundo seria diferente.
Não entendia a sensação e tão pouco sabia o que iria mudar.
Passaram-se alguns dias...
De repente, chego nos dias de hoje, cursando a faculdade de psicologia.
Sempre é bom “dar ouvidos” às sensações.
Me sinto diferente e muito feliz.
O pique é forte.
Não há hora para almoçar e sim para engolir alguma coisa e fazer a digestão há quilometros da mesa.
Passar sempre correndo em casa ou às vezes aparecer só no fim da noite para dormir.
Ah! Além da faculdade pela manhã, do trabalho à tarde, tem o tradicional Inglês à noite.
E academia das 5:30 às 6:30 da manhã. Pasme! Eu me levanto às 4:45 horas três vezes por semana. E gosto!
Bem, os fins de semana estão escalados para leitura e estudo aprofundado.
Namoro? Só com os grandes escritores e conhecedores do comportamento humano.
Com as apostilas de Inglês, também.
Noitadas? Só na rede da sacada do meu apartamento para relaxar e tomar um licor, de leve.
Curtir a família sempre que possível.
E curtir estas “novidades” de 2003, maravilhada e cheia de esperanças.
Para me definir:
- uma cor: rosa
- uma palavra:emoção
- uma animal: a garça
- um sentimento: felicidade
Este novo desafio deu vida aos meus dias.
Quanto ao Blog. Estarei aqui sempre que puder.
Estou cheia de esperanças e sonhos!


PROCURO, COM URGÊNCIA:

Uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de mim mesma, há muitos anos...

Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos...
Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas...
Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon"... tudo danado de bom!

Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la...
Chorava quando arranhavam seus brinquedos como aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindaste, tratores e furgões.
Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes em um futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.

Onde ela está? Para que lado ela foi?
Quem a ver, que venha me falar...
ainda é tempo de fazer com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de minha infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda".

Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós deixe-a sair, brincar e sonhar.



Autoria desconhecida)