quarta-feira, janeiro 22, 2003

"A música toca... meu coração...
sinto o toque da música no compasso do meu ser.
Danço...
Meu corpo é leve e leve é o som, embora alto, a embalar todos os corpos, inclusive o seu.
Era o início daquela noite, você se esbarra em mim, propositalmente, e sorri, encantadoramente.
Impossível não retribuir o sorriso.
Há algo de maroto e de muito gostoso no seu olhar, no seu sorriso, não resisto... me encanto.
E danço...
Eu danço para você e você dança para mim.
Embora o salão esteja repleto de outros corpos que balançam e dançam,
é só o meu e o seu... uma sintonia perfeita.
Sinto suas mãos acompanhando minha cintura, enlaçando, soltando, acompanhando
e vejo seu sorriso de aprovação.
Em meu rosto todo o prazer de estar ali, com você, dançando...
simplesmente dançando.
Nunca nos vimos antes, que importa?
Nos vemos agora...
Que importa o ontem, que importa o amanhã?
Somos felizes agora.
Um nos braços do outro, sorrindo, dançando...
Nem sei que música toca, que importa?
Eu danço para você e para você dançaria todas as músicas.
Seu olhar é lindo. Seu sorriso é lindo.
Horas e horas se passam e minutos se parecem.
O suor rouba-me a maquiagem e molha meus cabelos.
Sua camisa cola no corpo e deixa-me ver seu contorno.
Seu rosto encontra o meu num toque suave, e dançamos assim,
pele com pele...
a música muda como que para acordar os dançarinos,
e um ritmo frenético se impõe.
Que dúvida? Dançamos... sorrindo...
Que importa a música, que importa o rítmo?
Dançamos por horas a fio até chegar a hora de partir.
Num guardanapo anotado você segura o número do meu telefone,
mas ambos sabemos, esta noite foi a nossa noite e nada apagará
seu encanto, nem mesmo a ausência do toque do telefone.
Não esperei a chamada e nem você pensou em ligar.
Que importa?
Nós fomos plenos enquanto dançamos,
e nada poderá vir com igual beleza, pois nada existe de mais belo.
Guardo de ti a melhor lembrança e sei que a guardas de mim.
Vivemos a quintessência e nada vem depois dela."


Rose Sandim - 01.01.2003

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