quarta-feira, fevereiro 26, 2003

De repente uma dor tão grande invade o peito, a alma.
Não há remédio, há desesperança, há medo, há desconfiança...
E a dor só aumenta, pode ser física ou espiritual, pode ser até imaginária, vai saber...
O fato é que para dor assim só há um remédio: um amigo.
Ria, se de fato te parece estranho que um amigo tenha o dom de amenizar a dor que comprime o peito, que dilacera a alma.
Ria, e apenas ria você que olhando de lado não vê um amigo.
Ria, mas de alegria, você que vive a maravilha de sorrir para alguém do seu lado, por sabê-lo seu amigo.
Aquele ser aparentemente insignificante, mas que de alma é um gigante.
Que te faz rir de coisa nenhuma e te arranca lágrimas ao contar uma piada.
Que te abraça com conforto quando o chão foge dos pés,
que te olha, com apoio, quando todos duvidam.
Se te lembras de alguém bem agora, que dúvida!, tens um amigo.
Amigo, destes que não escolhem hora para vestir "sua camisa".
Que telefona por nada e por tudo, que te ouve dizer nada e dizer tudo.
E, passe o tempo que passar, passem as mudanças e até mude de lugar,
o fato é que este amigo, do peito, não sairá de perto de você.
E sabe por quê, porque este amigo tem a minuta da sua alma e vive dentro de você.
Os amigos são, na verdade a quintessência da alma um do outro,
se conhecem e se amam puramente.
Sem malícia, sem maldade, são almas gêmeas que não precisam viver juntas,
basta-lhes saber que existem e que, a qualquer dia, a qualquer hora, elas se encontram,
seja onde for.

Sem comentários: