domingo, junho 24, 2001

Encontrei no Perplexo:
"Ponha tudo em pratos limpos...
Entrar na vida das pessoas implica uma responsabilidade incrível. É interessante analisar como se processam os relacionamentos humanos. Ter amigos, amores e amantes geralmente nos dão um imenso prazer, mas a contrapartida exigida também não é pequena e só nos damos conta dessa contrapartida quando somos puxados pelo gogó e cobrados diretamente.

- qual é a tua, e eu?

E eu o quê cara-pálida? Pode ser nossa reação imediata, mas ela se transforma, brevemente, em uma questão, um ponto de interrogação que nos massacra a consciência.
A melhor coisa a fazer é deixar as coisas em pratos limpos.

- Vem cá indivíduo...

Todo o relacionamento humano gira em torno de conveniências. É conveniente para mim e para ti? Então tá ótimo, vamos... (esse VAMOS vocês podem publicar como quiserem: vamos nos amar, vamos brigar, vamos ao cinema, vamos chupar pirulito, vamos tomar banho de chuva, vamos terminar por aqui, vamos começar por ali, vamos viver, vamos morrer, etc..)
É uma questão de escolha, como sabemos.
Deixar a minha e a tua conveniência bem explícitas é a melhor forma de fazer o VAMOS sem depois ter que cair chorrando e berrando de dor na consciência por ter feito algo que lhe deu na telha e diretamente afetou a outra pessoa que tem um relacionamento contigo.

- Mas me diz uma coisa, o que tu estás pensando que tá fazendo?

Nada, nadinha. Fizemos o que quisemos e nem pensamos em não fazer para não desagradar aos outros. Ficamos PERPLEXOSSSSSSS com a reação desse povo que nos cobra algo que na verdade nunca prometemos.
Fiz VAMOS..., a pessoa concordou, VAMOS... e fomos. O acertado era para aquele VAMOS e não para dar explicações sobre esse outro caso de VAMOS que fiz sem pedir permissão.
Deixe as coisas bem claras:

- quero isso, você me dá? Toma isso de volta. Legal, agora não venha me cobrar nada além desse nosso acordo de conveniência. Você quer e eu quero, nosso acordo é para isso apenas.

Pronto, resolvida questão. Pratos limpos e reluzentes.
Viste bem, estipulaste direitinho todas as cláusulas do contrato? Então você pode ficar tranqüilo com a sua consciência. Não vais morrer de dor nela. A outra pessoa sabia exatamente qual era tua intenção. Se ela apostou que você faria de um jeito e não de outro e acabou concordando em fazer o VAMOS... contigo torcendo para que tu não fizesse um VAMOS... com outra pessoa, por exemplo, mas você já havia estipulado em um contrato bem claro que o teu VAMOS... com ela não significaria necessariamente que você não faria um VAMOS... com outra pessoa, fique tranqüilo. Você fez e cumpriu sua parte do contrato direitinho. Não podes ser cobrado indevidamente por prática lesiva. A justiça e a consciência te inocentam.
Você não tem que se sentir culpado de nada que nunca prometeu não fazer, portanto, falo-vos.................... deixeis tudo em pratos limpos; passeis tudo para os papéis branquinhos e limpos em cartório com firma reconhecida; converse com a outra pessoa e deixe tudo às claras, nesse caso, não racione energia. Essa é melhor forma de, depois, chegar para o outro e falar assim:

- Olha, eu avisei. Te disse um monte de vezes. Tu quiseste apostar contra e não posso fazer nada agora, além de te informar que tu deves prestar mais atenção aos nossos acordos para não ficares me cobrando coisas absurdas da próxima vez.

Resolve-se bem a questão assim se a situação ocorre entre pessoas com cérebros perfeitos. Agora, se você escolheu fazer um VAMOS... com uma pessoa que não é muito boa da cabeça, ai nego, o problema é teu. Te vira garoto."

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