Um dia uma borboleta voava em um lindo jardim. Tão belo que não conseguia se definir em qual flor parar, qual rosa beijar, em qual orvalho mergulhar suas patinhas. E voava, e voava... Cansada de voar, parou para respirar junto de uma begônia. Ficou alí, quietinha, olhando o jardim a sua volta, belas flôres, lindas rosas.
Admirada, encantada, extasiada - olhava...
Lindo jardim - pensava...
Como a vida é bela - refletia.
Ah! esta paz, este som de felicidade vindo do balançar das folhas, do cair da gota que paira sem pressa dependurada na rosa molhada.
E pensar que um dia fui lagarta - dizia a borboleta.
E pensar que um dia, a beleza de tudo era tudo que estava embaixo do meu nariz. Como fui tola. Caminhei sem poder olhar para o lado, minha vida era a folha presente, nada mais.
Relutei contra a mudança. Mas ela veio arrasadora, intimidadora, nada pude fazer.
Agora, tenho asas, a mudança me deu asas e as asas me trouxeram a esta liberdade de escolha.
Por experiência própria, eu - a borboleta - digo: Mude, e deixe sua vida de lagarta.
Aceite as mudanças ainda que elas lhe pareçam o fim, pois a mudança é o braço de Deus te levando para uma vida melhor.
de minha autoria