sexta-feira, agosto 02, 2002

"De pé ao lado da janela, esperando meu marido que estva demorando a chegar do trabalho, eu disse a uma amiga:
_ Ele só pode estar tendo um caso.
_ Nossa! Você sempre pensa no pior - retrucou ela - Vai ver que ele só bateu com o carro."

(em Flagrantes da vida real, Seleções Reader's Digest - agosto/2002, por Sally Brown, Grã-Bretanha)


O que será pior na atual conjuntura, um marido que tem um caso ou um acidente com o carro?
Pensando nas conseqüências, talvez um acidente com o carro possa ser bem pior. Mas, considerando que bens materiais e arranhos no corpo podem ser solucionados, e que a confiança jamais será restabelecida, o pior acaba sendo o companheiro ter um caso.
Isso parece uma preocupação mundial. Sally é da Grã-Bretanha e assim como as mulheres brasileiras vivem a insegurança gerada pela "libertinagem" masculina.
Justiça seja feita: atualmente a "libertinagem" não é exclusiva do homem.
O estudo das necessidades e gestos humanos sempre exerceu um fascínio sobre mim. Um dia, quem sabe, me tornarei uma especialista no assunto, por enquanto adquiro conhecimento nos livros e principalmente na leitura atenta de cada gesto, e cada atitude humana presente no meu dia a dia - uma dádiva de Deus.
Me preocupo sobremaneira com a forma fácil e inconsequente com que as pessoas ferem o coração e a alma do outro.
Por que trair?
Prefero a sinceridade para comigo e para com quem vive comigo. Sou careta (se você prefere me ver assim), mas não admito a traição.
Sendo trágica ou não, prefiro um acidente com o carro, de leve, é claro.
Sinto uma pontada, suave, bem no infinito dos meus pensamentos que me anuncia a necessidade de pensar sobre o assunto.
Uma coisa que aprendi neste anos de "conhecimento" é não subestimar as mensagens do inconsciente.
É necessário analisar melhor este tema.

Sem comentários: